Esporte
A balança comercial brasileira apresentou forte desempenho em março de 2025, com superávit de US$ 8,154 bilhões, o segundo maior já registrado para o mês desde o início da série histórica, em 1989. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (4) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
O resultado representa uma alta de 13,8% em relação a março de 2024 e só fica atrás dos US$ 10,751 bilhões registrados em março de 2023. A recuperação da balança foi impulsionada principalmente pelo início das colheitas de soja e milho, além do aumento nas vendas de minério de cobre, carne bovina e café.
Exportações em alta
Em março, o país exportou US$ 29,177 bilhões, uma elevação de 5,5% na comparação anual. Esse é o terceiro melhor desempenho da série histórica para o mês, atrás apenas de 2023 e 2022. O volume de produtos exportados cresceu 5%, enquanto os preços médios avançaram 0,4%.
O setor agropecuário foi um dos destaques: o volume embarcado aumentou 10,8%, e os preços subiram 4,3%. Na indústria de transformação, o crescimento de 9% no volume exportado compensou a leve queda de 0,9% nos preços, influenciada pela recuperação da demanda de países como a Argentina.
Apesar disso, o setor de indústria extrativa — que inclui petróleo e minérios — registrou retração: a quantidade exportada caiu 10,6% e os preços, 4,9%, refletindo paradas técnicas em plataformas de petróleo.
Importações também crescem
As importações brasileiras totalizaram US$ 21,023 bilhões, com alta de 2,6% sobre março do ano anterior. O crescimento foi puxado principalmente pela aquisição de máquinas e motores, que subiu 45,9%. Também houve aumento nas compras de medicamentos, fertilizantes, adubos e componentes de veículos.
Apesar da elevação no volume importado, que foi de 4,2%, os preços médios recuaram 1,5%, refletindo a queda no valor das commodities no mercado internacional.
Projeções para 2025
O Mdic revisou suas projeções para a balança comercial em 2025. A estimativa agora aponta para um superávit de US$ 70,2 bilhões, o que representa uma queda de 5,4% em relação ao saldo de 2024. A previsão anterior variava entre US$ 60 bilhões e US$ 80 bilhões.
As exportações devem crescer 4,8% no ano, totalizando US$ 353,1 bilhões, enquanto as importações devem subir 7,6%, chegando a US$ 282,9 bilhões.
No entanto, o ministério alerta que essas estimativas poderão ser revistas em breve, pois ainda não refletem os efeitos do recente tarifaço anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, nem possíveis retaliações comerciais da China.
Já o mercado financeiro está mais otimista: o Boletim Focus do Banco Central projeta um superávit comercial de US$ 75 bilhões para 2025.
