Amigos e familiares se despedem do fotógrafo Evandro Teixeira

Por Redação 05/11/2024, às 20h57 - Atualizado às 20h57

Nesta terça-feira (5), familiares, amigos e admiradores do fotógrafo Evandro Teixeira se reuniram na Câmara Municipal do Rio de Janeiro para se despedir de um dos mais renomados fotojornalistas do país. Teixeira, que morreu nesta segunda-feira (4) aos 88 anos, estava internado na Clínica São Vicente, na Gávea, zona sul do Rio. A causa da morte foi falência múltipla de órgãos, em decorrência de complicações de uma pneumonia.

Após o velório, o corpo de Teixeira foi cremado no Cemitério do Caju. Suas cinzas serão levadas para Canudos, na Bahia, uma decisão tomada pela família em respeito à relação especial que o fotógrafo nutria pela cidade e por seus moradores, descendentes dos sobreviventes da histórica Guerra de Canudos (1896-1897).

Evandro Teixeira, natural de Irajuba, na Bahia, deixou uma marca profunda na fotografia brasileira e internacional. Com uma trajetória de mais de cinco décadas no fotojornalismo, ele começou sua carreira em 1958 no jornal O Diário de Notícias, em Salvador, e, posteriormente, se mudou para o Rio de Janeiro, onde foi contratado pelo Jornal do Brasil em 1963. Foi nessa redação que ele construiu boa parte de seu legado, permanecendo por quase 47 anos até a transição do jornal para o formato digital em 2010. Entre seus principais trabalhos, destacam-se coberturas de grandes eventos históricos, como a Marcha dos Cem Mil no Brasil e o golpe militar no Chile.

O vasto acervo de Evandro Teixeira, com 180 mil imagens, está abrigado no Instituto Moreira Salles, preservando o legado de um fotógrafo cuja obra atravessou fronteiras e marcou gerações. Além de sua produção fotográfica, Teixeira publicou importantes livros, como Fotojornalismo (1983), Canudos 100 Anos (1997) e 68 Destinos: Passeata dos 100 Mil (2008), eternizando sua visão única sobre momentos históricos do Brasil e do mundo.