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O documento final da Cúpula de Líderes do G20 foi apresentado nesta segunda-feira (18), no primeiro dia de reuniões entre chefes de Estado e governo, realizadas no Rio de Janeiro. O texto expressa preocupações com os conflitos em andamento, incluindo a guerra entre Israel e grupos armados na Faixa de Gaza, a escalada no Líbano e a invasão russa à Ucrânia.
O comunicado condena os impactos humanitários dessas crises e destaca a necessidade de ações imediatas. “Ao expressar nossa profunda preocupação com a situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza e a escalada no Líbano, enfatizamos a necessidade urgente de expandir o fluxo de assistência humanitária e reforçar a proteção de civis”, afirma o documento. O G20 reiterou o compromisso com a solução de dois Estados, defendendo que Israel e a Palestina coexistam em paz, dentro de fronteiras reconhecidas e em conformidade com o direito internacional e as resoluções da ONU.
Os líderes também pediram um “cessar-fogo abrangente” em Gaza e no Líbano, citando resoluções do Conselho de Segurança da ONU. Sobre a Ucrânia, o texto destacou os impactos do conflito na segurança alimentar e energética global, bem como na inflação e no crescimento econômico. A declaração reforça a necessidade de uma solução negociada para encerrar a guerra.
“Saudamos todas as iniciativas relevantes e construtivas que apoiam uma paz abrangente, justa e duradoura, mantendo todos os propósitos e princípios da Carta da ONU”, diz o texto.
Outro ponto abordado foi o compromisso em avançar em direção a um mundo livre de armas nucleares e com maior segurança global.
Presidido pelo Brasil neste ano, o G20 reúne as 19 maiores economias do mundo — como Estados Unidos, China, Alemanha, Índia e Brasil — além da União Europeia e, pela primeira vez, a União Africana. Após o evento, a presidência rotativa será transferida para a África do Sul. A cúpula prossegue até terça-feira (19) no Rio de Janeiro.
