O Ibovespa, o mais importante indicador do desempenho das ações negociadas na bolsa de valores do Brasil, renovou sua máxima histórica de fechamento nesta segunda-feira (27), enquanto o dólar recuou diante da melhora no clima entre Brasil e Estados Unidos, após o encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump, na Malásia.
O principal índice da Bolsa brasileira avançou 0,55%, encerrando o pregão a 146.969 pontos, novo recorde. A marca anterior havia sido registrada em 24 de setembro, com 146.492 pontos. Já o dólar à vista caiu 0,42%, cotado a R$ 5,3697.
O mercado reagiu positivamente às sinalizações de aproximação entre os dois países. Lula pediu a Trump a suspensão da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros durante as negociações comerciais, segundo o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Após o encontro, o presidente afirmou que o norte-americano “garantiu” avanços nas conversas.
Trump, por sua vez, classificou a reunião como “boa”, elogiou Lula e disse ver chances de acordo, embora tenha ponderado que “ainda é cedo para saber o resultado”.
A reunião ajudou a reduzir tensões recentes entre Brasil e Estados Unidos, o que favoreceu o real. No cenário internacional, o dólar também caiu frente a outras moedas, Trump também firmou acordos comerciais com países asiático, buscando trégua na guerra comercial vivida com a China. Um acordo deve ser feito com Xi Jinping durante visita a Coreia do Sul. “Tenho muito respeito pelo presidente Xi e acho que chegaremos a um acordo”, disse Trump a caminho do Japão, vindo da Malásia.
Com investidores atentos à decisão do Federal Reserve sobre os juros, prevista para quarta-feira (29). Nesta manhã, o Banco Central realizou operações simultâneas de venda de dólares no mercado à vista e compra de contratos futuros, além de leilões de swap cambial, para manter a liquidez e estabilidade do câmbio. Na sexta-feira (24), o dólar havia fechado em alta de 0,14%, a R$ 5,3930.