Saiba o motivo do STF não descriminalizar totalmente o porte de maconha

Por Redação 14/02/2025, às 20h32 - Atualizado às 18h26

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta sexta-feira (14), manter a íntegra da decisão que descriminalizou o porte de maconha para uso pessoal e estabeleceu o limite de 40 gramas para diferenciar usuários de traficantes.

O julgamento ocorre no plenário virtual e analisa recursos da Defensoria Pública e do Ministério Público de São Paulo, que pediram esclarecimentos sobre a decisão tomada em julho do ano passado.

Até o momento, oito ministros seguiram o relator, Gilmar Mendes, que votou contra as solicitações para alterar o entendimento da Corte. Além de Mendes, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Edson Fachin, André Mendonça, Luiz Fux e Cristiano Zanin votaram no mesmo sentido.

A deliberação virtual será encerrada às 23h59 desta sexta-feira.

Decisão

Apesar da decisão do STF, o porte de maconha continua sendo uma prática ilícita, ou seja, não há legalização. A medida apenas retira a punição penal para usuários, que continuarão sujeitos a sanções administrativas, como:

  • Advertência sobre os efeitos da droga;
  • Comparecimento obrigatório a curso educativo.

A decisão anula a aplicação de penas alternativas, como a prestação de serviços à comunidade, prevista anteriormente no Artigo 28 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006).

A Justiça continuará sendo responsável por aplicar as medidas administrativas, sem que isso gere antecedentes criminais ou punições penais para o usuário.