Tarifa aérea média cai 5,1% no Brasil em 2024, enquanto preços sobem no exterior

Por Redação 17/01/2025, às 03h22 - Atualizado 16/01/2025 às 18h55

O valor médio das passagens aéreas no Brasil caiu 5,1% em 2024 em comparação com o ano anterior, alcançando R$ 631,16, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (16) pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. O resultado contrasta com o cenário internacional, onde as tarifas subiram, em média, 15%.

De acordo com Costa Filho, 50,8% das passagens no país foram vendidas por menos de R$ 500. Os números são baseados em informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que calcula a tarifa média considerando todas as passagens efetivamente comercializadas para voos domésticos regulares. “Esse método captura as variações de preços durante o mês, garantindo precisão nas tarifas médias, mesmo com mudanças diárias nos valores”, destacou a Anac em nota.

O ministro também ressaltou que a redução no preço médio veio acompanhada da maior taxa de ocupação registrada desde 2002, com 84% dos assentos disponíveis sendo ocupados em 2024. Essa eficiência operacional é um dos fatores que contribuíram para a redução dos preços no mercado doméstico.

Programa Voa Brasil

O programa Voa Brasil, voltado para aposentados do INSS, foi citado pelo ministro como uma iniciativa de inclusão social na aviação. O programa oferece passagens a até R$ 200 por trecho, mas Costa Filho reconheceu que seu impacto ainda é limitado. “Muitas pessoas, especialmente no interior, ainda não conhecem o programa. Por isso, estamos planejando campanhas publicitárias para ampliá-lo”, disse.

Apesar disso, o Voa Brasil já proporcionou viagens equivalentes a 200 aeronaves lotadas de aposentados, segundo o ministério. O objetivo do programa, contudo, não é reduzir os preços gerais, mas inserir esse público no mercado de turismo aéreo.

Costa Filho também mencionou a escassez de aeronaves como um desafio para o setor. A pandemia afetou a produção global, causando atrasos de quatro a cinco anos na entrega de novas aeronaves, o que contribuiu para a inflação de tarifas internacionais. “Esse desequilíbrio na oferta global impactou diretamente os preços, mas seguimos trabalhando para aumentar a eficiência e manter os custos competitivos no Brasil”, afirmou o ministro.