
É inaceitável que, em pleno 2025, a arbitragem Brasileira ainda opere de forma amadora. O episódio lamentável que assistimos hoje, no confronto entre Grêmio e Bahia, é mais uma prova talvez uma das mais vergonhosas de que a falta de preparo e profissionalismo segue interferindo diretamente no resultado das partidas.
O árbitro comete um erro grosseiro. O VAR, que deveria ser um instrumento de correção e justiça, assiste inerte. O jogo continua como se nada tivesse acontecido. Mas o absurdo vai além: o jogador beneficiado pelo erro, mesmo ciente de que não houve pênalti, permanece em silêncio. A omissão revela um problema ético profundo que contamina o esporte desde suas bases.
É urgente profissionalizar a arbitragem. Isso não é luxo é uma necessidade vital para preservar a credibilidade do Futebol Brasileiro. Árbitros precisam de formação contínua, dedicação exclusiva, suporte técnico e responsabilização. É inadmissível que, num esporte que movimenta bilhões, decisões cruciais continuem sendo tratadas com tamanha negligência.
Enquanto a arbitragem seguir nesse modelo falido, cenas como a de hoje continuarão se repetindo. E quem paga a conta é sempre o torcedor.
Mais do que um problema técnico, isso expõe uma ferida cultural. Em muitos casos, parece que nos orgulhamos de “levar vantagem”, de se calar diante do erro se o benefício for pessoal. A raiz disso está na nossa formação como sociedade uma educação que normaliza o jeitinho, que relativiza valores, que silencia diante do que é injusto.
O futebol apenas reflete o que somos fora das quatro linhas. E enquanto não encararmos isso de frente, continuaremos celebrando vitórias que, na verdade, são derrotas éticas.