
Sempre digo que a iluminação é tão importante quanto os móveis ou as cores que escolhemos para a casa. Ela muda completamente a sensação do espaço, valoriza detalhes e até interfere no nosso bem-estar. E, sinceramente, muitas vezes é deixada de lado, e é aí que surgem os problemas.
Cada ambiente precisa de um tipo de luz diferente. Por exemplo, luzes mais quentes, entre 2.700K e 3.000K, deixam a sala de estar ou o quarto mais acolhedores. Já cozinhas e escritórios pedem luz neutra, entre 3.500K e 4.500K, porque ajuda a enxergar as cores corretamente e aumenta a concentração. Banheiros e closets funcionam melhor com luzes mais frias, de 4.000K a 5.000K, que facilitam maquiagem e escolha de roupas.
Outro ponto que muita gente não percebe é o Índice de Reprodução de Cor, ou IRC. Ele indica o quanto a luz mostra as cores reais das coisas. Para casa, vale sempre escolher lâmpadas com IRC acima de 80, que deixam tudo mais natural. E em closets ou estúdios, um IRC acima de 90 garante que as roupas, móveis e maquiagem apareçam exatamente como são.
E não adianta ter luz bonita se não for na quantidade certa. O fluxo luminoso, medido em lúmens, mostra a intensidade da luz: salas precisam de 300 a 500 lúmens por metro quadrado, cozinhas e escritórios de 500 a 700, e quartos entre 200 e 400. O segredo está em equilibrar intensidade e distribuição, evitando cantos escuros ou sombras desagradáveis.
O que sempre recomendo é planejar a iluminação junto com a arquitetura e o mobiliário. Misturar luz geral, spots e luz indireta cria camadas, deixando o ambiente mais interessante e confortável. E, se puder, invista em lâmpadas reguláveis: com dimmers, você consegue transformar o clima do mesmo espaço, deixando a casa mais versátil e acolhedora.
No fim das contas, a iluminação é muito mais do que técnica: é uma forma de trazer vida e personalidade ao seu lar.