
O ser humano nasceu para se mover. Mas, na prática, o movimento raramente é tratado como parte essencial da saúde. Muitas vezes só percebemos sua importância quando surgem limitações: dificuldades para subir uma escada, praticar um esporte com segurança ou simplesmente sair de casa por medo de cair.
A saúde motora não diz respeito apenas à ausência de dor ou à capacidade de se locomover. Ela envolve o equilíbrio de múltiplos sistemas: musculoesquelético, cardiovascular, neurológico, endócrino e emocional.
Por isso, cuidar do corpo em movimento exige uma abordagem integrada, com profissionais como o professor de educação física, o fisioterapeuta, mas também nutricionistas, médicos e psicólogos.
Infelizmente, na nossa cultura, ainda não existe o hábito consolidado de cuidar do sistema de movimento preventivamente. Só se busca ajuda quando o problema já está instalado. Precisamos mudar essa lógica.
Movimento é autonomia, é participação social — e preservar essa capacidade ao longo da vida é um trabalho que começa cedo e depende de orientação, educação e acompanhamento qualificado.