
Torcer o tornozelo é uma das lesões mais comuns. Pode acontecer correndo, jogando bola ou até descendo uma escada.
E a primeira coisa que muita gente pensa é: “Preciso ficar de repouso total.”
Mas será que isso é mesmo verdade?
Estudos recentes compararam dois jeitos de tratar:
• O método tradicional, com repouso absoluto e imobilização rígida (tala ou gesso).
• Um método mais moderno, que também estabiliza o tornozelo (com bandagens ou órtese), mas permite movimento controlado e carga progressiva, desde o início.
O resultado?
Quem seguiu essa estratégia de movimento seguro, a chamada carga ótima, se recuperou mais rápido, com menos risco de novas torções e sem mais dor do que quem ficou parado.
Como funciona na prática:
• Entorse leve (grau 1): estabilização com bandagem, mas já dá para apoiar e movimentar o pé de forma controlada.
• Entorse moderada (grau 2): estabilização por mais tempo, mas com movimentos precoces dentro do limite da dor.
• Entorse grave (grau 3, sem fratura): estabilização com órtese, às vezes muletas, mas ainda assim a mobilidade começa cedo.
Proteção não significa repouso absoluto.
A dor é o parâmetro que indica até onde ir e como avançar na progressão de carga.
Nas equipes esportivas, essa visão já é comum: fisioterapeutas e outros profissionais do movimento trabalham junto ao médico para acelerar o retorno seguro do atleta. Mas no dia a dia, para pessoas “comuns”, ainda predomina a ideia de que é preciso ficar parado.
E aí fica a provocação: será que não está na hora de levar essa lógica também para fora do esporte?