
A derrota do Bahia no clássico Ba-Vi de número 504, ocorrido nesta quinta-feira (16), trouxe questionamentos sobre as escolhas táticas do técnico Rogério Ceni, que surpreendeu ao escalar o volante Rezende improvisado na lateral esquerda, no lugar de Iago Borduchi ou Zé Guilherme.
A opção de Rezende na lateral não é inédita, já tendo sido utilizada em uma final do Baianão um ano e meio antes. Desta vez, no entanto, o jogador cometeu uma falha técnica crucial ao tentar cortar uma bola cruzada, gerando o segundo gol do Vitória.
Justificativa do Treinador
Em entrevista pós-jogo, Rogério Ceni justificou a escolha por Rezende mesmo tendo dois laterais de ofício no banco. O treinador afirmou que a opção visava proteger o sistema defensivo e auxiliar na bola aérea, atuando mais como um volante ao lado de Acevedo do que como lateral.
“Optei por Gabriel Xavier, David e Rezende para defender a bola aérea. O Rezende vinha fazendo um bom jogo, sei que teve o erro, que todos vão culpar”, afirmou Ceni.
No segundo tempo, o treinador corrigiu a formação, substituindo Acevedo por Iago Borduchi, que assumiu a lateral, e Rezende foi deslocado para sua função de origem, a de primeiro volante.
Ceni reconheceu que os dois gols sofridos pelo Esquadrão surgiram de falhas individuais (a primeira de Arias e a segunda de Rezende), mas evitou apontar culpados pela derrota. “Arias não queria fazer o pênalti, Rezende não queria errar a bola. É normal tentar encontrar culpados, hoje cometemos erros acima do padrão e isso nos custou a derrota”, concluiu.
Ainda sem Juba, o Bahia jogará no domingo (19) contra o Grêmio, na Arena Fonte Nova.