Conselho Deliberativo do Vitória aprova contas de 2024 em reunião tensa

Por Redação 15/04/2025, às 17h00 - Atualizado às 16h39

O conselho Deliberativo do Vitória se reuniu na última segunda-feira no Barradão para aprovar as contas referentes ao exercício de 2024. Com a presença de 75 conselheiros, o documento apresentado foi aprovado por maioria. No entanto, a reunião terminou em meio à confusão.

O exercício financeiro apresentou um déficit de R$ 41,3 milhões. O clube baiano afirmou que o número se dá em razão do pagamento de dívidas tributárias de gestões anteriores. “Caso essas regularizações não tivessem ocorrido, o resultado teria sido positivo em R$ 3,6 milhões.” Escreveu o time rubro-negro em redes sociais.

A confusão durante a reunião teve início quando o grupo “Frente Vitória Popular” começou a fazer uma transmissão ao vivo do encontro. Pouco tempo depois, iniciou-se um intenso bate-boca com Nilton Almeida, presidente do conselho, que optou por interromper a sessão por alguns minutos.

Um representante da “Frente Vitória Popular” se pronunciou nas redes sociais explicando a motivação para a transmissão: “Solicitamos também que a reunião fosse transparente e transmitida por todos os canais como eles fazem com o orçamento.” Não permitiram. Iniciamos uma transmissão através de um canal nosso, e o presidente da mesa colocou dois seguranças armados dentro da sala e ainda expulsou um dos nossos conselheiros porque ele imaginou que tinha uma outra câmera”, afirmou o representante.

Por sua vez, Nilton Almeida alegou que a reunião tratava de assuntos estratégicos para o clube e, por isso, não poderia ser transmitida. Ele também negou que os seguranças estivessem armados, explicando que a presença deles visava apenas conter o uso de câmeras não autorizadas.

“A reunião foi suspensa por cinco minutos.” Vieram seguranças que não estavam armados. Estavam lá para proteger os conselheiros. Foram colocados no fundo da sala para evitar qualquer câmera clandestina. A reunião prosseguiu. Os demais conselheiros puderam fazer suas perguntas. Foi submetida à votação, e a imensa maioria aprovou, apenas 13 ou 14 votaram contra”, completou Nilton.