
A Bahia reafirmou sua posição de destaque na gestão fiscal em 2024, mantendo um dos mais baixos índices de endividamento do país e garantindo investimentos robustos em infraestrutura e áreas sociais. O balanço financeiro foi apresentado nesta quarta-feira (19) pelo secretário da Fazenda, Manoel Vitório, durante audiência pública na Assembleia Legislativa (Alba).
Com uma dívida pública equivalente a apenas 37% da receita, o estado se mantém muito abaixo do limite de 200% estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e em melhor situação do que grandes estados como Rio de Janeiro (211%), Rio Grande do Sul (185%), Minas Gerais (163%) e São Paulo (125%).
No quesito investimentos, a Bahia aplicou R$ 7,69 bilhões ao longo de 2024, mantendo o segundo lugar no ranking nacional, atrás apenas de São Paulo. Somando os dois primeiros anos da atual gestão, os investimentos estaduais totalizam R$ 16,08 bilhões. Infraestrutura e áreas sociais foram as maiores beneficiadas, representando 89,3% dos recursos desembolsados. Entre os destaques estão a recuperação de rodovias, obras de urbanismo e saneamento, além de investimentos expressivos em saúde, segurança e educação.
O Estado também cumpriu com folga os limites constitucionais, destinando 15,44% da receita à saúde (mínimo exigido: 12%) e 25,85% à educação (mínimo de 25%). O reconhecimento da gestão fiscal baiana veio com a obtenção da nota duplo A pela Secretaria do Tesouro Nacional, um dos mais altos indicadores do país, reforçando a qualidade da administração financeira estadual.
Apesar dos bons resultados, o secretário alertou para o crescimento da dívida com precatórios, apontando que esse será um desafio futuro para as contas públicas. Ainda assim, a Bahia mantém seu compromisso com equilíbrio fiscal e investimento contínuo na melhoria dos serviços e na infraestrutura do estado.