Sindmetro explica parada de ônibus elétricos na RMS e justifica medidas de suspensão

Por Redação 07/11/2024, às 15h33 - Atualizado às 15h38

Nesta quinta-feira (7), os ônibus elétricos que operam em duas importantes linhas da Região Metropolitana de Salvador (RMS) pararam de circular. A interrupção afeta as rotas Estação Aeroporto x Parque São Paulo e Estação Aeroporto x Simões Filho. Em entrevista ao Taktá, Catarino Fernandes, diretor de comunicação do Sindmetro, explicou as razões para a suspensão das linhas e os problemas que os rodoviários estão enfrentando com a operação dos veículos.

“Os ônibus elétricos foram inicialmente projetados para operar em duas linhas: Ilha de São João / Estação Pituaçu e Cartódromo / Praia de Pitanga, também com vínculo à Estação Pituaçu. No entanto, devido à limitação da autonomia das baterias e a falta de infraestrutura adequada para o carregamento, as linhas sofreram ajustes, com veículos sendo retirados de algumas rotas e realocados para outras áreas”, explicou.

Catarino informou que, embora um novo projeto tenha sido criado para expandir a operação dos ônibus elétricos para outros bairros da RMS, o governo não forneceu os veículos necessários para a ampliação do serviço. Como resultado, houve a redução do número de veículos nas linhas já existentes, afetando diretamente a operação.

Além disso, Catarino mencionou que a situação tem gerado sérios problemas para os trabalhadores. “O tempo de espera entre os ônibus aumentou significativamente, chegando a mais de três horas em algumas rotas, o que tem causado frustração entre os rodoviários e até ameaças de morte devido à sobrecarga de trabalho. O Sindmetro tentou negociar com o sindicato patronal e o governo, pedindo medidas emergenciais para mitigar os impactos, incluindo a possibilidade de sublocação de veículos até que os ônibus adequados fossem fornecidos”.

Diante da falta de soluções, o Sindmetro decidiu suspender temporariamente duas linhas e, se o problema não for resolvido em breve, outras linhas podem ser retiradas de operação, incluindo a de Candeias e São Francisco do Conde.

Catarino reforçou que o Sindmetro não é contra os ônibus gratuitos, mas a situação de risco e os efeitos colaterais causados pela falta de infraestrutura e veículos adequados não podem ser ignorados. O sindicato continua pressionando por uma solução que garanta a segurança e as condições de trabalho para os rodoviários e a continuidade do serviço para a população.