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O Supremo Tribunal Federal (STF) deve iniciar, ainda neste semestre, o julgamento dos acusados de financiar os atos criminosos de 8 de janeiro de 2023. De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), 63 pessoas foram denunciadas nos últimos dois anos por envolvimento no financiamento dessas ações, que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.
As investigações foram divididas em quatro grupos: executores, financiadores, autores intelectuais e autoridades públicas. Seguindo essa organização, o STF tem priorizado o julgamento dos executores, enquanto os demais grupos serão analisados posteriormente.
Até o momento, 371 pessoas já foram condenadas pelo STF, dentro de um universo de mais de duas mil investigadas. Outras 527 firmaram acordos com a PGR, reconhecendo crimes de menor gravidade para evitar processos judiciais.
Segundo as investigações, os financiadores custearam despesas como combustível, passagens e fretamento de ônibus para transportar manifestantes de diversos estados até Brasília. Além disso, alguns dos denunciados também atuaram em grupos de mensagens virtuais, onde divulgaram conteúdos golpistas com o objetivo de incentivar a população e as Forças Armadas a contestarem o resultado das eleições de 2022 e a promoverem a destituição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
