Caso ferro-velho: Justiça revoga prisão de empresário investigado em caso de desaparecimento de jovens

Por Redação 11/03/2025, às 20h34 - Atualizado 12/03/2025 às 03h53

A Justiça da Bahia revogou a prisão do empresário Marcelo Batista da Silva, proprietário do ferro-velho onde Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matusalém Silva Muniz desapareceram em novembro do ano passado. Com essa decisão, ele deixa de ser considerado foragido, apesar das investigações que apontam seu suposto envolvimento no caso.

De acordo com informações do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Marcelo Batista tinha um mandado de prisão expedido sob acusações de homicídio, ocultação de cadáver, participação em grupo de extermínio, milícia armada e tortura. No entanto, o juiz responsável pelo caso determinou a revogação da ordem de prisão.

O documento oficial da decisão determina que a revogação da prisão seja comunicada às Varas Criminais nas quais o empresário responde a outros processos. O trecho também especifica que a decisão equivale a um alvará de soltura.

Além de Marcelo Batista, a Justiça também revogou as prisões de Marcelo Durão Costa e Clóvis Antônio de Santana Durão Júnior. No entanto, ambos terão que utilizar tornozeleira eletrônica como medida cautelar.

O juiz justificou a decisão afirmando que os réus são primários, possuem bons antecedentes, residência fixa e ocupação lícita. O despacho também argumenta que não há indícios concretos de que os acusados pretendam fugir ou descumprir a lei.

Apesar disso, a decisão não esclarece o motivo específico para a revogação da prisão de Marcelo Batista, que anteriormente havia sido apontado como mandante das mortes dos dois jovens desaparecidos.

As investigações da Polícia Civil revelaram que Marcelo Batista pode estar escondido na Bolívia, onde teria recebido proteção de uma organização criminosa. O caso continua em investigação, enquanto as famílias seguem cobrando justiça e respostas das autoridades.