O ex-auditor fiscal Arnaldo Augusto Pereira, condenado por envolvimento na “máfia do ISS”, foi transferido para o Conjunto Penal de Teixeira de Freitas, no extremo sul da Bahia. Ele foi preso no dia 15 de outubro, em Mucuri, após forjar a própria morte para fugir de condenações por corrupção e lavagem de dinheiro em São Paulo.
De acordo com o Ministério Público da Bahia (MPBA), Arnaldo pagou R$ 45 mil por um atestado de óbito falso, que gerou uma certidão oficial registrada em cartório em julho de 2025. O documento permitiu que ele driblasse decisões judiciais e até liberasse bens bloqueados pela Justiça.
Condenado a mais de 18 anos de prisão, o ex-auditor já havia sido alvo de operações do Ministério Público de São Paulo (MPSP), que apontou sua participação em um esquema de propinas que movimentou mais de R$ 500 milhões.
Na audiência de custódia, realizada em 17 de outubro, o juiz Renan Souza Moreira, da Vara Criminal de Mucuri, converteu a prisão temporária em preventiva, atendendo a pedido do MPBA. O magistrado fundamentou a decisão nos artigos 312 e 313, inciso I, do Código de Processo Penal, considerando que a liberdade do investigado representaria risco à ordem pública e à aplicação da lei penal.
Segundo a Justiça baiana, no momento da prisão, Arnaldo portava documentos falsos — uma carteira de identidade e um cartão bancário em nome de “Anderson Sales Porto”. O MPBA apontou que o uso da identidade adulterada demonstrava intenção de fuga.