Operação no RJ é a mais letal da história; baiano ligado a facção está entre os mortos

Por Redação 28/10/2025, às 15h30 - Atualizado às 15h48

A megaoperação contra uma facção criminosa nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, já ultrapassa os 60 mortos, entre eles quatro policiais e um baiano identificado como Júlio Souza Silva, de 26 anos. A ação, realizada nesta terça-feira (28), é considerada a mais letal da história do estado, segundo números confirmados pelo Palácio Guanabara.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Júlio tinha envolvimento com uma facção atuante na região do Nordeste de Amaralina, em Salvador, e já havia sido preso por tráfico de drogas. O órgão informou que ele cumpria pena em regime semiaberto e voltou a atuar no crime após deixar o sistema prisional.

A operação, que faz parte da “Operação Contenção”, mobilizou 2,5 mil agentes das forças de segurança do Rio para cumprir 100 mandados de prisão. Segundo o governo fluminense, 60 suspeitos foram mortos em confronto — entre eles, dois da Bahia e um do Espírito Santo.

Durante a ofensiva, houve intensa troca de tiros e represálias orquestradas pelo tráfico, com barricadas e ataques em diferentes pontos da cidade. Criminosos chegaram a lançar explosivos por drones e fugiram pela parte alta das comunidades, em cenas que lembraram a ocupação de 2010.

Foram apreendidos 75 fuzis, duas pistolas e nove motocicletas. Entre as vítimas fatais estão os policiais civis Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho e Rodrigo Velloso Cabral, e os militares Cleiton Serafim Gonçalves e Herbert, ambos do Bope.

A operação também deixou três civis feridos, incluindo um homem em situação de rua atingido nas costas por uma bala perdida, uma mulher ferida em uma academia — que já recebeu alta — e um homem atingido em um ferro-velho. As forças de segurança continuam no local nesta terça-feira (28) para impedir novas ações de retaliação.