
A aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registra uma grande queda, conforme revela a mais recente pesquisa Datafolha. De acordo com os números divulgados nesta terça-feira (17), a aprovação do presidente despenca de 35% para 24% em apenas dois meses, marcando o nível mais baixo de aprovação desde o início de seus mandatos. Em contrapartida, a reprovação atinge um recorde histórico, saltando de 34% para 41%, o maior índice já registrado em sua trajetória política.
Além disso, a avaliação “regular” do governo, que é quando o presidente é avaliado de maneira neutra, também apresentou crescimento, passando de 29% para 32% desde a última pesquisa, realizada em dezembro de 2024. Esses números foram colhidos por meio de entrevistas com 2.007 eleitores em 113 cidades, realizadas nos dias 10 e 11 de fevereiro, com margem de erro de dois pontos percentuais.
O impacto da queda na aprovação presidencial é fortemente associado a uma série de crises enfrentadas pelo governo nos últimos meses. A mais marcante delas foi a polêmica sobre o Pix. Em janeiro, uma medida que visava fiscalizar transações acima de R$ 5.000 gerou uma onda de críticas da oposição, que acusou o governo de interferir indevidamente nas finanças pessoais da população, população essa de classe média baixa.
A reação foi intensa e alimentada pela propagação de fake news, que erroneamente afirmavam que o Pix seria taxado. Diante da pressão pública e da repercussão negativa, o governo recuou e revogou a medida.
A revogação, comandada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi uma tentativa de amenizar a crise, mas não conseguiu reverter a queda na avaliação do presidente. O cenário reflete os desafios enfrentados pela administração atual, com a necessidade de recuperar a confiança da população diante de críticas e controvérsias políticas.
Essa pesquisa do Datafolha destaca o ambiente político tenso que marca a atual gestão, com a aprovação de Lula em seus níveis mais baixos e uma oposição crescente. O governo ainda terá que lidar com a tarefa de restabelecer a confiança dos eleitores e contornar as dificuldades para melhorar sua imagem pública nos próximos meses.