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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ser preso nesta terça-feira (22), caso seus advogados não apresentem explicações ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o descumprimento das medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes contra Bolsonaro. Ele apareceu em transmissões ao vivo e realizou interações nas redes sociais — o que está expressamente proibido por ordem judicial.
Na segunda-feira (21), Bolsonaro participou de uma live conduzida pelo deputado federal Maurício do Vôlei (PL-MG), exibida nas redes sociais. Durante a transmissão, o ex-presidente mostrou a tornozeleira eletrônica que está utilizando por determinação do STF e afirmou, em tom crítico, que o equipamento representa “símbolo da máxima humilhação”.
Logo após a live, Bolsonaro também concedeu entrevista a jornalistas no Congresso Nacional, em Brasília, violando outra medida restritiva. Ele já havia marcado presença em um evento do Partido Liberal que foi transmitido ao vivo pelas plataformas digitais da legenda, o que reforça os indícios de reincidência.
Diante dos episódios, Moraes deu prazo de 24 horas para que a defesa do ex-presidente se manifeste formalmente. “Intimem-se os advogados regularmente constituídos por Jair Messias Bolsonaro para, no prazo de 24 horas, prestarem esclarecimentos sobre o descumprimento das medidas cautelares impostas, sob pena de decretação imediata da prisão do réu”, escreveu o ministro. As ações do ex-presidente desafia diretamente a autoridade do Supremo e aumenta a tensão política em torno das investigações.
Entre as medidas cautelares estão:
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Uso obrigatório de tornozeleira eletrônica;
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Proibição de acessar redes sociais;
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Recolhimento domiciliar das 19h às 7h, inclusive aos fins de semana;
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Proibição de contato com embaixadores e diplomatas estrangeiros;
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Proibição de comunicação com outros investigados no inquérito sobre tentativa de golpe de Estado.
