Deputados pressionam Motta e exigem reação ao Senado após rejeição da PEC da Blindagem

Por Redação 26/09/2025, às 14h04 - Atualizado às 13h04

A rejeição da PEC da Blindagem no Senado provoca forte desgaste político em Brasília e coloca o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sob pressão. Deputados de diferentes partidos cobram que o líder da Casa se posicione de maneira mais incisiva diante do que consideram uma quebra de acordo por parte do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

Nos bastidores, lideranças do centrão discutem medidas de retaliação, como a paralisação de projetos de interesse dos senadores e a intensificação das pressões na CPI do INSS. A avaliação é de que a ausência de uma reação mais dura pode enfraquecer Motta e reduzir sua autoridade entre os parlamentares.

A PEC, que previa a necessidade de aval do Congresso para a abertura de processos criminais contra deputados e senadores, foi aprovada na Câmara com 353 votos a favor e contou com mobilização pessoal de Motta. No entanto, o texto foi rejeitado por unanimidade na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, o que gerou críticas públicas aos deputados e desgaste político imediato.

Parlamentares defendem travar pautas de interesse direto dos senadores e insistem na quebra de sigilos de gabinetes ligados ao lobista “Careca do INSS”, figura central nas investigações sobre desvios no Instituto Nacional de Seguridade Social.

Motta tem adotado discurso conciliador, ele afirma que não houve traição por parte do Senado e que divergências entre as Casas fazem parte do processo democrático. A desconfiança é de que qualquer acordo com o Senado pode ser novamente rompido, ampliando o clima de guerra entre as duas Casas do Congresso.