Ministro avalia fusão entre Azul e Gol como potencialmente positiva

Por Redação 17/01/2025, às 05h23 - Atualizado 16/01/2025 às 18h22

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou nesta quinta-feira (16), em Brasília, que a possível fusão entre Azul e Gol pode trazer benefícios para o mercado aéreo brasileiro, especialmente no controle de tarifas e no aumento da eficiência operacional. Segundo ele, a junção das empresas ajudaria a reduzir o número de assentos vazios nas aeronaves, contribuindo para a estabilização dos preços das passagens.

A declaração foi dada durante um café da manhã com jornalistas, um dia após a Azul e a Abra (holding que controla a Gol) assinarem um memorando de entendimento para uma parceria que, se consolidada, resultará em uma empresa com mais de 60% de participação no mercado doméstico.

Para que a fusão seja concretizada, será necessária a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Costa Filho destacou que, além do Cade, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a imprensa desempenharão papéis fundamentais na fiscalização do processo. “Acredito que o Cade não permitirá movimentos prejudiciais nesta fusão. Vamos aguardar, mas a supervisão será rigorosa para garantir que não haja aumentos abusivos nos preços das passagens”, assegurou.

Impactos

O ministro ressaltou que a união entre as companhias pode contribuir para um aumento do fluxo de passageiros sem elevações significativas nos preços. Ele citou que, em 2024, a taxa de ocupação média das aeronaves foi de 84%, deixando 16% dos assentos vazios. “A fusão pode evitar voos saindo vazios, o que pode ser positivo para manter os preços equilibrados”, explicou.

Comparando o processo ao modelo de federações partidárias, Costa Filho afirmou que a parceria preservaria a autonomia financeira e a governança de ambas as empresas, funcionando como um mecanismo para evitar cenários piores, como a quebra de companhias. “O governo tem como prioridade a preservação dos empregos e o fortalecimento da malha aérea nacional”, concluiu.