
Na manhã desta sexta (2) o Ministério do Comércio da China informou que os Estados Unidos “tomou recentemente a iniciativa de transmitir mensagens ao lado chinês por meio de canais relevantes” sinalizando uma possível retomada de diálogo entre as duas potências para discutir tarifas e abrir espaço para uma negociação direta.
O governo americano já demonstrou sua “vontade de negociar com a China sobre a questão tarifária”, mas indicou que avanços concretos só serão possíveis caso Washington adote uma postura de reciprocidade: “demonstrar sua sinceridade nas negociações, estando preparados para agir em questões como corrigir suas práticas erradas e suspender tarifas unilaterais”. Entre as exigências chinesas estão o compromisso dos Estados Unidos em “corrigir suas práticas erradas e suspender tarifas unilaterais”, Pequim informou seu posicionamento que foi divulgado em uma conta oficial ligada a CCTV.
A China ainda aguarda ações concretas dos EUA, pois segundo o porta-voz do órgão de comércio, “falar uma coisa e fazer outra ou usar as negociações para tentar coerção ou extorsão não funcionará com a China […] Se quiserem se envolver com a China, não há danos nesse estágio, e o lado chinês precisa observar e até mesmo forçar as verdadeiras intenções dos EUA”, finalizou.
Atualmente, produtos chineses estão sujeitos a uma tarifa imposta pelo presidente Donald Trump, que foi aumentando ao longo do mês de abril. Como resposta, o governo de Xi Jinping impôs uma tarifa de 125% sobre mercadorias americanas.