O senador Otto Alencar (PSD-BA) protagonizou um dos momentos mais marcantes da sessão de abertura da CPI do Crime Organizado, nesta terça-feira (4), ao rebater duramente as críticas da oposição e defender sua trajetória política e a independência dos trabalhos da comissão.
Durante a plenária, Otto respondeu às acusações do senador Eduardo Girão (Novo-CE), que chamou de “manobra vergonhosa” a articulação que levou à eleição do senador Fabiano Contarato (PT-ES) para a presidência da CPI.
“Eu, presidindo, não farei palanque para absolutamente nenhum senador ou senadora. Vamos investigar plenamente quem cometeu seus equívocos e erros. Há 11 anos nesta Casa, nunca dei direito a nenhum senador de me passar lição, até porque sempre preservei a honra, a dignidade e o caráter que todo senador deve ter”, afirmou o senador.
O senador ainda fez questão de homenagear os quatro policiais mortos em ação no Rio de Janeiro, destacando o compromisso do colegiado com o combate ao crime.
“Peço apenas aos senhores senadores e senadoras que me permitam fazer uma homenagem aos quatro policiais que tombaram no combate ao crime no estado do Rio de Janeiro”, afirmou.
Ao encerrar a votação, Otto anunciou a eleição de Fabiano Contarato como presidente da CPI, ressaltando o equilíbrio da disputa. “O senador Contarato foi eleito por margem muito apertada contra o senador Hamilton Mourão, que mais uma vez demonstra ser bom de urna, porque vencer o Fabiano é muito difícil aqui no Senado Federal”, completou.
A fala de Otto Alencar consolidou o tom de firmeza e moderação que marcou o início da CPI, que investigará a atuação de facções criminosas e milícias no país.
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