Presidente do México é vítima de assédio durante caminhada em público

Por Redação 06/11/2025, às 00h04 - Atualizado 05/11/2025 às 20h31

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, foi vítima de assédio sexual na manhã de terça-feira (5), enquanto caminhava e cumprimentava apoiadores no centro da Cidade do México. O episódio, que ocorreu nas proximidades do palácio presidencial, foi considerado “lamentável” pela líder mexicana, que afirmou que buscará ação judicial contra o agressor.

O incidente aconteceu quando Sheinbaum se aproximava de um evento público e interagia com simpatizantes. Durante o trajeto, um homem se aproximou dela, tentou beijá-la e tocou sua cintura e peito. Segundo relatos, o indivíduo passou um braço sobre o ombro da presidente e tentou encostar em seu pescoço antes de ser contido por um segurança, que chegou logo em seguida. Testemunhas relataram que o agressor aparentava estar sob efeito de álcool ou drogas.

Em coletiva de imprensa, Sheinbaum declarou que o caso foi um ato de assédio sexual e que, inicialmente, não percebeu a aproximação indevida do homem. “Sofri esse episódio lamentável de assédio sexual. Esse indivíduo se aproximou de mim totalmente alcoolizado e protagonizou esse episódio. (…) Só depois de ver os vídeos percebi o que realmente ocorreu”, afirmou. A presidente destacou que o homem estava “completamente alcoolizado”.

As autoridades mexicanas identificaram o agressor como Uriel Rivera, que foi detido e colocado à disposição da Promotoria especializada em crimes sexuais. Sheinbaum confirmou a prisão e ressaltou que pretende processá-lo judicialmente. “Decidi denunciá-lo, porque isso é algo que vivi como mulher e que muitas mulheres do nosso país vivem. Se eu, como presidente, não o denunciar, que mensagem passo para todas as mulheres mexicanas?”, declarou.

Após o episódio, a presidente anunciou que pretende transformar o assédio sexual em um crime passível de ação penal em todo o território mexicano. Ela também informou que lançará uma campanha nacional em defesa do respeito às mulheres. A ministra das Mulheres, Citlalli Hernández, repudiou o ocorrido e criticou a “visão machista” que normaliza agressões desse tipo. “O assédio, o abuso e qualquer forma de violência contra as mulheres não podem ser ignorados nem minimizados, devem ser denunciados e combatidos”, afirmou Hernández nas redes sociais.