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Em uma votação célere na tarde desta terça-feira (10), o plenário do Senado aprovou os três novos diretores do Banco Central (BC), que assumirão os cargos em janeiro de 2024. A aprovação permite que eles participem da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 28 e 29 de janeiro.
Nilton José Schneider, indicado para a Diretoria de Política Monetária, foi aprovado com 50 votos a favor e 3 contra. Ele substituirá Gabriel Galípolo, que assumirá a presidência do Banco Central. Já Izabela Moreira Correa, aprovada por 48 votos a 3, comandará a Diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, substituindo Carolina de Assis Barros. Outro nome aprovado, Gilneu Astolfi Vivan, com 53 votos a favor e 3 contra, assumirá a Diretoria de Regulação, ocupando o cargo de Otávio Damaso.
Os três indicados foram sabatinados pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado pela manhã, onde se comprometeram a priorizar o controle da inflação.
Nilton Schneider destacou que o contexto global exige uma postura cautelosa do Banco Central em relação à política econômica. Sobre a possibilidade de intervenção no câmbio, reconheceu que as reservas internacionais são uma linha de defesa importante, mas ressaltou que o impacto de ações como a venda de reservas seria apenas temporário. “A intervenção do Banco Central altera temporariamente o preço do câmbio, mas é efêmera no longo prazo”, afirmou.
Perfis dos novos diretores
- Nilton José Schneider
Com ampla experiência no mercado financeiro, Schneider atuou como chefe de Operações de Tesouraria do Bradesco e em outras instituições no Brasil e no exterior. É graduado em Engenharia de Produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). - Izabela Moreira Correa
Atual secretária de Integridade Pública da Controladoria-Geral da União (CGU), Izabela é servidora do Banco Central desde 2006. Doutora em Governo pela London School of Economics and Political Science, foi pesquisadora de pós-doutorado na Universidade de Oxford. Também é mestre em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e graduada em Administração Pública pela Fundação João Pinheiro. - Gilneu Astolfi Vivan
Servidor do Banco Central desde 1994, Vivan é chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro (Denor) e já liderou o Departamento de Monitoramento do Sistema Financeiro Nacional. Representou o Brasil em grupos internacionais como o Conselho de Estabilidade Financeira do G20, que avalia ameaças ao sistema financeiro global.
A aprovação dos novos diretores reforça o compromisso do Banco Central com a continuidade de sua agenda institucional, incluindo o enfrentamento dos desafios econômicos e a busca pela estabilidade financeira no país.
