Brasil
Gabriela Encinas
O vereador Sidninho (PP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal de Salvador, afirma que os professores receberam acima do piso e acusa a oposição de usar a categoria como ferramenta política. Em pronunciamento nesta segunda-feira (3), o vereador declarou que “protocolou na Secretaria Municipal de Gestão (SEMGE) a solicitação dos rendimentos dos servidores de educação”, e promete apresentar as informações detalhadas na sessão de quarta-feira (5).
Segundo o parlamentar, os dados solicitados vão esclarecer que a maioria dos educadores da rede municipal recebe acima do piso nacional. “Todos os servidores de educação receberam mais que o piso. Dez mil servidores de educação, são 898 que recebiam menos que o piso, só que com 45% da gratificação passava do piso”, afirmou.
Em meio à greve da categoria, Sidninho criticou duramente os manifestantes. “Com toda certeza, as informações que eu vou trazer na quarta-feira são informações que vão mostrar que esses baderneiros, esses irresponsáveis, esses sindicalistas que estão sendo potencializados pela oposição, para fazer politicagem, para agredir a gente, estão errados”, declarou. O vereador classificou a movimentação como uma tentativa de “massa de manobra” e relembrou da invasão durante sessão.
“Eu fui alvo de violência, fui à delegacia e vi nitidamente a atuação política, combate da oposição”, disse, mencionando um servidor que teria tomado o microfone de suas mãos e mordido sua mão durante a confusão. “Ele agrediu o vereador Maurício Trindade (PP). Quando eu fui pegar ele pela gola, ele me deu uma mordida na mão.”
Sobre uma possível reabertura de diálogo entre a Prefeitura de Salvador, vereadores e os sindicalistas — após o prefeito Bruno Reis (União Brasil) afirmar que o tema do piso salarial “está sepultado” — Sidninho foi direto: “Lutarei contra”. Para ele, os vencimentos atuais, mesmo com diferentes gratificações, já superam o valor do piso nacional.
