VÍDEO: Deputado Tiago Correia afirma “a Assembleia virou um balcão bancário” para Jerônimo Rodrigues

Por Redação 06/05/2025, às 19h22 - Atualizado 07/05/2025 às 10h27

Gabriela Encinas

A Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) aprovou, na tarde desta terça-feira (6), mais um pedido de empréstimo solicitado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT). A medida foi alvo de duras críticas da bancada de oposição, que voltou a levantar questionamentos sobre a recorrência e a falta de clareza nas contratações de crédito pela atual gestão.

O líder do bloco oposicionista, deputado Tiago Correia (PSDB), afirmou que o ritmo das aprovações é excessivo. “Em pouco mais de 28 meses de governo, uma aprovação a cada 45 dias, são mais de R$ 18 bilhões e meio em autorizações de empréstimos. É como se o governo pedisse R$ 1 bilhão a cada 45 dias”, pontuou o parlamentar.

O deputado também criticou a ausência de informações detalhadas sobre a aplicação dos recursos, destacando que a oposição não se opõe aos investimentos, mas à forma como vêm sendo conduzidos. “A oposição não é contra a antecipação de investimentos, mas questiona a maneira como isso está sendo feito: de forma acelerada e com pouca clareza. A Assembleia virou um balcão bancário, e os deputados, meros aprovadores de crédito”, disparou.

A preocupação da oposição é quando essa conta vai chegar, pois são empréstimo e onde vão ser investidos: ” E fica claro que o governo realmente perdeu a mão, ele toma créditos e a gente não sabe como isso vai comprometer a saúde financeira do Estado futuramente, quando essa conta chegar, e a gente não sabe de que maneira esses recursos estão sendo investidos”, disse parlamentar.

Em resposta às críticas, deputados da base governista defenderam que os empréstimos são essenciais para garantir a continuidade de obras estruturantes e programas em execução em diversas regiões do estado. Segundo o governo, os recursos serão destinados à melhoria da infraestrutura, mobilidade urbana e iniciativas sociais prioritárias. O clima de embate político  continua acentuado, e o volume de crédito autorizado segue sendo um dos pontos sensíveis no debate entre governo e oposição na AL-BA.