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A morte da cantora Nana Caymmi, ocorrida nesta quinta-feira (1º), no Rio de Janeiro, ainda repercute entre familiares, fãs e artistas da música brasileira. Irmão da artista, o também músico Danilo Caymmi revelou que a irmã sofreu uma overdose de opioides, o que agravou significativamente seu quadro de saúde já fragilizado.
Nana havia completado 84 anos na terça-feira (29), dois dias antes de falecer. Mesmo internada desde agosto do ano passado na Clínica São José, em Botafogo, na zona sul carioca, chegou a celebrar discretamente a data ao lado de familiares, em meio a um estado clínico considerado delicado.
Segundo Danilo, além da arritmia, a cantora enfrentava diversas comorbidades, entre elas complicações relacionadas à obesidade, que contribuíram para o surgimento de uma osteomielite (infecção óssea). Em vídeo publicado nas redes sociais, o irmão lamentou a perda e destacou o sofrimento prolongado enfrentado por Nana nos últimos nove meses. Para ele, o Brasil perdeu uma das vozes mais marcantes da música popular.
Trajetória
Nascida em 1941 no Rio de Janeiro, Nana Caymmi era filha do compositor baiano Dorival Caymmi e de Stella Maris, e cresceu em um ambiente rodeado de música. Embora tenha iniciado a carreira nos anos 1960, foi na década seguinte que sua voz grave e emotiva ganhou projeção na cena da MPB.
Intérprete de canções que marcaram gerações, como “Resposta ao Tempo”, “Mudança dos Ventos” e “Cais” (de Milton Nascimento), Nana construiu uma trajetória sólida, com mais de 20 álbuns lançados, reconhecimento da crítica e prêmios importantes. Seu estilo único, pautado por uma intensidade melancólica e uma interpretação visceral, fez dela um nome incontornável da música brasileira.
A causa exata da morte ainda não foi oficialmente divulgada pelas equipes médicas. Familiares e admiradores seguem prestando homenagens à artista, que deixa um legado artístico profundo e uma história marcada por sensibilidade, resistência e talento.
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