Governo Trump ameaça Harvard com corte de bolsas e restrições a estudantes estrangeiros

Por Redação 17/04/2025, às 20h35 - Atualizado às 19h23

O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos anunciou, na noite da última quarta-feira (16), que a Universidade Harvard poderá perder o direito de matricular estudantes estrangeiros caso não atenda às exigências do governo do presidente Donald Trump.

Em comunicado, a secretária do Departamento, Kristi Noem, também informou a rescisão de duas bolsas concedidas à universidade, que somam mais de US$ 2,7 milhões. Além disso, foi enviada uma carta a Harvard exigindo informações sobre supostas “atividades ilegais e violentas” envolvendo estudantes estrangeiros. O prazo para resposta é até 30 de abril.

Um porta-voz de Harvard disse à agência Reuters que a instituição está ciente da carta e reafirmou seu posicionamento. Na última segunda-feira (14), a universidade já havia rejeitado as demandas da gestão republicana, reforçando que “não abrirá mão de sua independência nem de seus direitos constitucionais”, segundo o reitor Alan Garber.

A medida faz parte da recente ofensiva do governo Trump contra universidades americanas, sob a justificativa de que algumas instituições teriam tolerado atos antissemitas durante protestos relacionados à guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza. Noem afirmou que há uma “ideologia anti-americana e pró-Hamas” em parte desses movimentos universitários.

Harvard foi a primeira grande universidade a se recusar a cumprir as novas exigências, que incluem auditorias das opiniões de estudantes e professores como condição para manter subsídios federais.