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A falta de respostas por parte da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos da Bahia (Agerba) em relação ao acidente entre duas lanchas em Morro de São Paulo tem gerado revolta e comoção. Durante a edição desta segunda-feira (14) do Balanço Geral, da Record TV Itapoan, a apresentadora Jessica Smetak se emocionou ao comentar o drama vivido por Maritana Neta, viúva do empresário Gustavo Veloso, morto na colisão ocorrida no dia 8 de abril.
Com os olhos marejados, Jessica se solidarizou com a dor da família da vítima e cobrou providências das autoridades. “Eu fico revoltada. Aqui eu vejo uma mulher que, desde a morte do marido, agora é mãe e pai com duas filhas para criar e ser referência. Ela nem está tendo tempo de viver o luto porque está tendo que ir atrás de justiça”, disse a apresentadora, visivelmente abalada.
Além da dor da perda, Maritana tem enfrentado dificuldades para obter informações cruciais sobre o caso. Em entrevista ao próprio Balanço Geral, ela afirmou que testemunhas relataram que a lancha “Lipe e Lara”, que colidiu com a embarcação “Safira” — onde estava seu marido —, estaria navegando com as luzes apagadas. Ela também disse ter recebido denúncias de que o marinheiro da outra lancha estaria sob efeito de álcool no momento do acidente, embora não haja confirmação oficial, nem registro de teste de alcoolemia.
A viúva pede acesso às imagens das câmeras de segurança dos três portos por onde as embarcações passaram. “Eu quero as imagens verdadeiras da lancha ‘Lipe e Lara’. Já que eu não tenho o teste de alcoolemia do outro marinheiro, eu quero pelo menos as imagens”, disse, em tom de apelo.
Durante o telejornal, Smetak também fez questionamentos sobre a gestão do terminal marítimo de Morro de São Paulo. “O contrato de concessão do terminal está vencido desde outubro de 2024. E desde então, eu pergunto para a Agerba: quem está recebendo a taxa de embarque? Existe algum contrato emergencial para a concessão do terminal?”, cobrou a jornalista.
No encerramento do desabafo, ela direcionou uma mensagem ao governador da Bahia. “A Agerba até agora só assumiu a culpa através do silêncio. E diante desse silêncio, eu convoco o senhor governador Jerônimo Rodrigues. O senhor, enquanto homem que respeita o povo que te elegeu… Diante da sua sensibilidade… Pegue esse caso para si”, concluiu.
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