Nordeste deve enfrentar estiagem durante o verão, aponta Inmet

Por Redação 21/12/2025, às 22h09 - Atualizado às 23h27

O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21) com previsão de chuva acima da média nas regiões Norte e Sul do Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O panorama indica ainda estabilidade em partes do Centro-Oeste e do Sudeste e previsão de estiagem para o Nordeste.

No Norte, estados devem registrar aumento das precipitações e temperaturas mais altas, com exceção do sudeste do Pará e do Tocantins, que podem ter índices de chuva abaixo da média histórica. Segundo o Inmet, a temperatura média tende a ficar acima do normal no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia. No Amapá, Roraima e norte do Pará, a expectativa é de temperaturas próximas ao padrão histórico.

Na Região Sul, o instituto prevê volumes de chuva acima da média em todos os estados, com destaque para as áreas sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, onde os acumulados podem chegar até 50 mm acima da média trimestral. A temperatura também deve subir, alcançando até 1°C acima da climatologia no oeste gaúcho.

Nordeste deve enfrentar estiagem

Para o Nordeste, a projeção é de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região. Os maiores déficits devem atingir a Bahia, o centro-sul do Piauí e grande parte de Sergipe, Alagoas e Pernambuco, com índices que podem ficar até 100 mm abaixo da referência histórica para o trimestre.

Apesar do cenário predominante de estiagem, áreas do centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará devem registrar chuvas próximas ou até acima da média.

No Centro-Oeste, apenas o oeste do Mato Grosso tem previsão de chuva acima da média histórica. Goiás deve enfrentar redução dos volumes, enquanto o restante da região tende a manter índices próximos ao padrão climatológico. A temperatura deve ficar até 1°C acima da média na faixa central.

A Região Sudeste deve registrar precipitações abaixo da média, com redução de até 100 mm no trimestre. As áreas mais afetadas incluem mesorregiões de Minas Gerais, como o centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte. A temperatura deve subir em torno de 1°C.

O verão segue até 20 de março de 2026 e concentra maior aquecimento no país devido à incidência solar no Hemisfério Sul. O período favorece mudanças rápidas no tempo, com risco de chuvas intensas, granizo, ventos fortes e descargas elétricas.

De acordo com o Inmet, as chuvas no Sudeste e Centro-Oeste ocorrem principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul. Já no Norte e no norte do Nordeste, a Zona de Convergência Intertropical influencia a formação de precipitações. Os maiores volumes no país devem ocorrer nas regiões Norte e Centro-Oeste, com totais entre 700 e 1100 milímetros no trimestre.