Olha o gás! Terceiro mais caro do país é da Bahia

Por Redação 10/01/2025, às 12h47 - Atualizado às 10h25

O gás de cozinha vendido na Bahia ocupa atualmente o terceiro lugar entre os mais caros do Brasil, conforme dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Com um preço médio de R$ 123,59, o estado só fica atrás de Roraima e Amazonas, onde o botijão de 13 kg pode atingir valores superiores, de até R$ 137,03 e R$ 126,59, respectivamente.

A situação tem gerado preocupação entre consumidores e revendedores. A empresa Acelen, responsável pela administração da Refinaria Mataripe, também conhecida como Landulpho Alves, é quem define o preço do gás na Bahia desde 2021.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás do Estado da Bahia (Sinrevgas), a Acelen adota uma política de preços própria, revisando os valores todo primeiro dia do mês o que pode ser um desafio tanto para os revendedores quanto para setores que o uso do gás é primordial para o trabalho, como cafeterias, docerias, restaurantes.

Apesar de ser a mesma administradora para todo o estado, o preço do gás varia consideravelmente entre as cidades baianas. Em Salvador, o preço médio é de R$ 127, mas em localidades como Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, o valor pode chegar a R$ 170, o que representa um acréscimo de R$ 40 em relação à média estadual.

Esse aumento reflete diretamente no bolso do consumidor, já que o preço de um único botijão corresponde a cerca de 11% do salário mínimo vigente de R$ 1.518.

Em resposta às críticas sobre os reajustes, a Acelen informou, na primeira semana de 2025, que houve uma redução de 0,5% no preço do gás, afirmando que seus reajustes seguem critérios de mercado, como o custo do petróleo, flutuações do dólar e o preço do frete.

Contudo, a variação constante continua a ser um desafio para a população, especialmente em um cenário de crescente pressão sobre o orçamento das famílias.

O alto custo do gás de cozinha tem sido um tema recorrente de debate, com consumidores e especialistas questionando os impactos sobre o poder de compra das famílias baianas e a necessidade de um controle mais rigoroso sobre os preços.