
Após o início do cessar-fogo entre Israel e o Hamas, milhares de palestinos começaram a retornar à Faixa de Gaza, que foi severamente devastada pelos intensos bombardeios dos últimos 15 meses. A maioria das pessoas que retornam ficou desalojada durante o conflito, e agora, em caminhões, a pé ou até mesmo em carroças puxadas por animais, elas enfrentam a destruição generalizada ao tentar voltar para suas casas, especialmente nas áreas do norte de Gaza.
A ajuda humanitária começou a chegar logo após o início do cessar-fogo. O responsável da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Territórios Palestinos relatou que os primeiros caminhões entraram em Gaza minutos após o acordo. No entanto, muitos civis se deparam com um cenário desolador.
O conflito, que começou em outubro de 2023 com o ataque do Hamas a Israel, causou enorme sofrimento a ambos os lados. Até o momento, 46.788 palestinos perderam a vida durante o confronto, enquanto em Israel, o ataque resultou na morte de mais de 1.200 pessoas e no sequestro de 251 reféns.
A trégua anunciada no domingo (19) marcou um alívio temporário para a região. O cessar-fogo entrou em vigor após um pequeno atraso, mas foi acompanhado pela liberação de três reféns israelenses, que haviam sido capturados pelo Hamas no início da guerra. O acordo, mediado por diversos países, promete mais trocas de prisioneiros, com Israel concordando em libertar 90 palestinos, a maioria mulheres e crianças.
Este momento de trégua trouxe tanto alívio quanto tensão. Em Tel Aviv, centenas de israelenses celebraram a libertação dos reféns, enquanto no lado palestino, milhares de pessoas tentam retornar a Gaza, mas enfrentam dificuldades para localizar suas casas, dada a extensa destruição.
O acordo de cessar-fogo, que foi discutido por várias nações, como os Estados Unidos, Alemanha e França, tem o objetivo de oferecer uma pausa nas hostilidades e abrir caminho para uma paz duradoura. Contudo, o governo israelense, liderado por Benjamin Netanyahu, deixou claro que se reserva o direito de retomar as operações militares, caso necessário. A trégua ainda depende de Israel e do Hamas cumprirem seus compromissos, e o futuro permanece incerto.