
De janeiro a outubro de 2024, foram registradas 162 ocorrências de furto e queima de fios de cobre em Salvador, de acordo com a Guarda Civil Municipal. Um aumento de aproximadamente 5,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Uma média de 16,2 registros por mês. Sem contar os casos que não chegam ao conhecimento do poder público porque não são denunciados.
Para Maurício Lima, diretor da Guarda Civil Municipal de Salvador, a impunidade é um grande desafio no combate a crimes como esse. “Encaminhamos agentes delituosos para a Central de Flagrantes e, às vezes, o guarda permanece mais tempo na delegacia do que o próprio infrator, que é rapidamente liberado porque o ato é de menor potencial ofensivo”, afirma.
O trabalho da Guarda Municipal, que tem o dever de proteger o patrimônio público, se fortalece com ações alinhadas com a Secretaria de Segurança Pública. “Fizemos operações conjuntas nos Barris, Praça Lord Cochrane, Lapa e a gente combateu os receptadores desse material furtado. Houve prisões de alguns deles e passamos seis meses sem ocorrências de furtos de fios e cabos registrados pela diretoria de iluminação naquele trecho. O foco, além dos agentes delituosos que estão em situação de vulnerabilidade, devem ser os grandes receptadores e, para isso, contamos com apoio da Polícia Civil”, defende.
Os pequenos receptadores, que são os ferros velhos, também são outro problema. Segundo Maurício Lima, esses estabelecimentos “viraram subproduto do crime organizado. Todas as regiões de favela têm um ferro velho, como vamos na Gamboa, Avenida Contorno. Lá eles fazem a troca do material por droga ou outros produtos ilícito”, denuncia.
A população pode denunciar o furto e queima de fios, além de casos de depredação de patrimônio público através do disque denúncia da Guarda Civil Municipal: (71) 9.9623-4955.