
Comunidades rurais, quilombolas e povos tradicionais podem, em breve, contar com sinal de telefonia móvel 4G e acesso à internet de alta velocidade. O avanço da conectividade nessas áreas foi o foco de um acordo de cooperação técnica assinado nesta quarta-feira (19), em Brasília, entre os ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), das Comunicações (MCom), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
A iniciativa, formalizada durante a 6ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf), será financiada pelo Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). Com o pacto firmado, MDA e Incra terão até 120 dias para mapear as áreas prioritárias da agricultura familiar que poderão ser beneficiadas pela expansão dos serviços de telecomunicação.
A Anatel e o MCom, por sua vez, atuarão para implementar políticas de inclusão digital, garantindo acesso à telefonia móvel e internet em regiões rurais. A iniciativa também prevê investimentos em infraestrutura e capacitação de agricultores e profissionais de escolas rurais, fortalecendo o desenvolvimento socioeconômico dessas comunidades.
Segundo o documento oficial do acordo, a proposta busca reduzir a desigualdade digital no país. “Enquanto as telecomunicações avançam rapidamente nas áreas urbanas, a expansão no meio rural ainda ocorre em ritmo mais lento. Além disso, a capacidade de conexão das camadas mais pobres da população precisa ser aprimorada”, destaca o texto.
Além do projeto de conectividade, o MDA assinou um acordo com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) para facilitar o transporte de produtos da agricultura familiar, incluindo alimentos, cosméticos e itens farmacêuticos. Com forte presença em todo o país, os Correios irão viabilizar a logística e ampliar as oportunidades de comercialização para pequenos produtores.
A medida é vista como um passo essencial para impulsionar o escoamento da produção rural e garantir que alimentos e demais produtos cheguem a mercados consumidores de forma eficiente, fortalecendo a agricultura familiar e a economia local.