
A Justiça Federal da Bahia decidiu arquivar o inquérito que investigava o senador e ex-governador do estado Jaques Wagner (PT), suspeito de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro. A decisão, assinada pelo Juiz Federal Fábio Moreira Ramiro, foi homologada na última terça-feira (11) e confirmada pela Justiça Federal nesta segunda-feira (17).
O inquérito foi iniciado a partir das investigações da Operação Cartão Vermelho e incluía a análise de dados, bem como perícias em celulares, o processo, que começou em 2018 foi encerrado após sete anos pelo Ministério Público Federal (MPF), que concluiu que não havia ‘provas concretas’ para sustentar as acusações.
O arquivamento foi realizado com base na manifestação do MPF, que solicitou o encerramento das apurações. No entanto, o juiz destacou que, de acordo com a legislação vigente e o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), o controle do arquivamento está sob a responsabilidade do órgão revisional do MPF. A decisão também ressalta que, caso surjam novas evidências, o processo pode ser reaberto.
Em resposta ao arquivamento, o presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) na Bahia, Éden Valadares, criticou a investigação, que ele classificou como uma tentativa de “perseguição política” contra o senador. Valadares afirmou que o processo era “uma farsa” e que havia “objetivos políticos claros” por trás das acusações, ligando a investigação à ascensão de figuras como Sergio Moro e Jair Bolsonaro ao poder.
Embora o caso tenha sido arquivado, a Justiça Federal manteve a possibilidade de reabertura do processo caso surjam novos elementos. O caso agora ficará suspenso por 60 dias, aguardando uma análise final do MPF.