O Governo da Bahia anuncia o leilão do terreno onde funcionava o Colégio Estadual Odorico Tavares, localizado no bairro da Vitória, uma das regiões mais valorizadas de Salvador. A licitação foi publicada nesta terça-feira (29) e será conduzida pela Secretaria da Administração (Saeb).
Sobre o leilão:
A venda será realizada em formato híbrido, com possibilidade de participação presencial e online. As visitas ao imóvel começam nesta quinta-feira (31) e seguem até o dia 3 de setembro. Os lances poderão ser apresentados na segunda-feira (4), tanto no Centro Administrativo da Bahia (CAB) quanto pelo site da empresa responsável pelo leilão. O pagamento exige sinal mínimo de 5% no ato da arrematação, com o valor restante quitado em até 24 horas.
Decisão de venda:
A decisão de vender o terreno foi tomada ainda durante a gestão de Rui Costa, atual ministro da Casa Civil. O projeto de lei que autorizou a operação previa que os recursos arrecadados fossem destinados à ampliação da estrutura escolar estadual, com possibilidade de aplicação por meio de fundos de investimento imobiliário.
Em resumo, o Colégio Estadual Odorico Tavares foi desativado para que seu terreno pudesse ser leiloado, e o valor revertido em melhorias para outras unidades da rede pública.
Colégio Estadual Odorico Tavares:
O colégio fechou as portas em 2020, sob a justificativa de baixa demanda por matrículas. Na época, Rui Costa enviou à Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) o projeto que permitia o repasse do imóvel, aprovado e sancionado no dia 29 de janeiro de 2020. A decisão gerou protestos por parte dos estudantes, que se mobilizaram contra a venda do terreno.
Esses mesmos alunos viram suas turmas serem reduzidas gradualmente, à medida que a escola passava por cortes até o encerramento definitivo das atividades. Pais que batalhavam por uma vaga na unidade — considerada referência entre os colégios públicos — também se manifestaram. Foram pelo menos três protestos em dezembro de 2019, quando começou a circular a informação de que o colégio, após 25 anos de funcionamento, poderia ser fechado. Até que, em 29 de julho de 2025, a decisão foi oficializada e o leilão anunciado — mas agora, sem mais alunos para protestar.