
Neste domingo (19), a entrada em vigor do cessar-fogo na Faixa de Gaza possibilitou a libertação dos primeiros reféns israelenses pelo Hamas, em um acordo que interrompeu os intensos confrontos entre Israel e o grupo palestino.
As três reféns – Romi Gonen, Emily Damari e Doron Steinbrecher – foram entregues à Cruz Vermelha e serão transferidas de volta a Israel. Em contrapartida, o governo israelense deve liberar 90 palestinos que estão detidos em seu território.
Uma equipe do Comitê Internacional da Cruz Vermelha foi enviada ao local para realizar a transferência das reféns, marcando o início de um processo humanitário essencial previsto no acordo de trégua. A operação foi acompanhada de perto por autoridades e grupos humanitários, dada a sensibilidade da situação.
O cessar-fogo entrou em vigor após um atraso de três horas, período no qual bombardeios israelenses atingiram Gaza, matando 13 pessoas, segundo autoridades locais. Apesar disso, o momento é visto como uma oportunidade de trégua e um passo inicial para aliviar o sofrimento de civis de ambos os lados do conflito.
“Agora estamos esperando o dia em que voltaremos para nossa casa na Cidade de Gaza. Com ou sem danos, não importa. O pesadelo da morte e da fome acabou”, disse Aya, uma moradora deslocada, em entrevista à Reuters.
Acordo humanitário
O cessar-fogo prevê a libertação gradual de reféns nos próximos dias. Enquanto isso, caminhões com ajuda humanitária começaram a cruzar as fronteiras, levando suprimentos essenciais para os 2,3 milhões de habitantes da Faixa de Gaza.
O resgate das reféns e a trégua temporária oferecem um vislumbre de alívio em meio a um conflito que já causou a morte de milhares de pessoas e deixou grande parte de Gaza em ruínas. Embora os desafios políticos e humanitários permaneçam, a libertação dos reféns simboliza um raro momento de progresso em meio à devastação.